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- Município já mobilizou cerca de 260 mil euros para ações realcionadas com a prevenção de fogos
Município já mobilizou cerca de 260 mil euros para ações realcionadas com a prevenção de fogos
Nos primeiros seis meses do ano, o Município de Caminha mobilizou cerca de 260 mil euros para ações relacionadas com a floresta e a prevenção de fogos, designadamente limpeza de terrenos, arranjo de estradões e outras atividades. É um grande esforço que visa minimizar os riscos, mas que terá de ser acompanhado pelos particulares. O valor foi divulgado esta semana pelo vice-presidente da Câmara, durante a reunião descentralizada que decorreu na freguesia de Caminha (Matriz) e Vilarelho.
Guilherme Lagido respondia à intervenção de uma munícipe, Sandra Vieira, que interpelou o Executivo a propósito da legislação relativa às florestas e à proteção contra incêndios. Nestas áreas, o Município continua focado em várias frentes, como é o caso da limpeza de terrenos, por forma a prevenir e a minimizar, tanto quanto possível, o risco de ocorrência de fogos. Assim, neste momento, em termos de execução de faixas de gestão de combustível com recurso a silvicultura (Programa de Sapadores, Município, Baldios, Privados), foram desenvolvidas ações em 246,64 hectares.
Na gestão de combustíveis com recurso a Fogo Controlado há a registar trabalhos em mais 80,489 hectares e em matéria de beneficiação da Rede Viária Florestal foram realizadas intervenções ao longo de 19 quilómetros.
Entretanto, tal como tinha sido assumido, o Município está a trabalhar, substituindo-se aos privados, em casos que o justificam. Em relação aos primeiros 6 pedidos de apoio para limpeza, um caso foi indeferido, enquanto três foram aceites e as respetivas limpezas já foram executadas (quatro terrenos em causa). Está em fase de programação a limpeza em mais duas situações e seis casos encontram-se ainda em avaliação.
Entretanto, a reunião descentralizada foi iniciada, como é habitual, com a intervenção do presidente da Junta de Freguesia. Miguel Gonçalves saudou a estratégia de dinamização do território, designadamente através da promoção de um conjunto de eventos de reconhecido retorno, exemplificando com casos como os do fim de ano, Carnaval e Entre Margens. O autarca local reconheceu ainda a importância de obras como o Cais da Rua e de outras intervenções em desenvolvimento, como a reabilitação do Centro Histórico de Caminha, a nova ecopista que nascerá na marginal e a requalificação e ampliação da escola EB 2/3 Sidónio Pais – Caminha.
Miguel Gonçalves falou também de desafios e da necessidade de encontrar estratégias e soluções para assuntos como o Centro Histórico, no que respeita à sua população; Coto da Pena; Central de Camionagem, etc.
No período de intervenção dos munícipes, Augusto Porto elogiou a postura do Executivo e a proximidade com a classe piscatória, destacando, entre outras, a “obra mítica” que é o Cais da Rua. O presidente da Associação de Pescadores quis saber de outras intervenções já anunciadas e apelou à valorização do Rio Minho. O presidente da Câmara explicou o ponto de situação dos vários processos, prevendo que possam ficar concluídos, até final deste mandato, o armazém de aprestos, a nova ecovia que vai ligar a zona do Estaleiro do Quintas ao local onde está o Posto Náutico e a reparação do Cais da Foz do Minho.
O munícipe Pedro Vila Pouca interpelou o Executivo sobre dois casos, retomando o tema da escola EB 2/3 Sidónio Pais – Caminha e o Plano de Reabilitação do Centro Histórico de Caminha. O vereador das Obras Públicas, Rui Lages, informou que, no caso da escola, decorre o concurso, terminando a 3 de julho o prazo para entrega das propostas. No segundo caso, a intenção é preparar tudo para iniciar a obra após o Natal e festas de final de ano, uma vez que a intervenção no miolo urbano do Centro Histórico vai ser profunda e foi acautelada a dinâmica de períodos de grande vitalidade da zona.
O exponencial aumento do número de peregrinos que chegam a Caminha no âmbito do Caminho Português da Costa foi introduzido na reunião pela munícipe Renata Monteiro, que sublinhou o trabalho do Município para este crescimento e deixou o desafio para que este turismo seja melhor aproveitado, em benefício do concelho. O presidente, Miguel Alves, comentou a seguir a intervenção, salientando o grande investimento realizado nos últimos dois anos e concordando com a munícipe sobre o novo perfil do peregrino de hoje, que torna por demais evidente o potencial turístico dos Caminhos de Santiago.
Jaime Ribeiro foi o último interveniente na reunião. O munícipe centrou a sua intervenção em alguns casos muito concretos da freguesia de Vilarelho.