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- Há um novo protocolo para o Festival de Vilar de Mouros que privilegia os caminhenses e o comércio local
Há um novo protocolo para o Festival de Vilar de Mouros que privilegia os caminhenses e o comércio local
O presidente da Câmara de Caminha apresentou hoje, numa conferência de imprensa, as linhas gerais do novo protocolo para a realização do Festival de Vilar de Mouros, um projeto das pessoas e para as pessoas. Assim, envolver a população e dinamizar a economia local são os objetivos do novo ciclo que agora se abre sobre o Festival de Vilar de Mouros. “Com este novo protocolo, é certo que teremos Vilar de Mouros já em 2014 e que teremos o melhor festival de sempre: mais vivo, mais competente para atrair financiamento, mais participado, mais de Caminha e mais de Vilar de Mouros”, garantiu o presidente da Câmara Municipal de Caminha.
\r\nO festival de Vilar de Mouros foi objeto de uma conferência de imprensa protagonizada por Miguel Alves, presidente da Câmara Municipal de Caminha, Marco Reis, presidente da Associação de Amigos do Autismo (AMA), Carlos Alves, presidente da Junta de Freguesia de Vilar de Mouros e Rui Massena, o maestro responsável pela apresentação do festival.
\r\nMarco Reis realçou a dinâmica, o entusiamo e a força de vontade do presidente da Câmara em querer transformar o festival de Vilar de Mouros no melhor de sempre “eu sinto mais vontade de fazer regressar o festival, por sentir um empenho muito grande em que o festival volte, mantendo esta causa social”, salientou.
\r\nRui Massena sublinhou que o Festival de Vilar de Mouros terá uma estrutura voltada para a transformação social e cultural, baseado nas pessoas, mas também será um espaço de lançamento de novas ideias.
\r\nCarlos Alves salientou que a Junta de Freguesia está com o Festival de Vilar de Mouros de alma e coração: “é com muita satisfação e orgulho que vemos o refundar do festival”.
\r\nAntes da apresentação das linhas gerais do novo protocolo, Miguel Alves lembrou que, tal como já o havia assumido, foi crítico em relação à organização do Festival de Vilar de Mouros para os próximos 4 anos porque entendia que “podíamos ir mais longe”. Assim, e tal como havia prometido, depois das eleições, a Câmara Municipal reuniu várias vezes com a AMA e a Junta de Freguesia de Vilar de Mouros onde “apresentamos os nossos pontos de vista, partilhamos ideias, apontamos problemas, encontramos soluções e, chegamos a um entendimento”, acrescentando: “decidimos em prol do concelho, da Junta de Freguesia e do festival de Vilar de Mouros”.
\r\nMiguel Alves sublinhou ainda que todo este processo foi acompanhado pelo executivo de Vilar de Mouros, que sempre demonstrou enorme abertura e vontade para encontrar uma boa, uma melhor solução, para o Festival mais antigo de Portugal.
\r\nÉ de realçar que o novo protocolo pretende encontrar as melhores soluções para o enquadramento físico ou imaterial do festival, envolver as populações locais, dinamizar a economia do concelho e da região, com o objetivo de elevar Vilar de Mouros para um patamar de excelência. Para o autarca, este acordo “será melhor para o Festival, para a AMA, para as empresas que colaboram na organização e promoção do Festival mas sobretudo para a Freguesia de Vilar de Mouros e o Concelho de Caminha”. O presidente lembrou ainda que “este novo protocolo pretende dar uma resposta aos meninos autistas, que são jovens que precisam do nosso apoio”. A nova proposta será apresentada em Assembleia de Freguesia de Vilar de Mouros, na Câmara Municipal e na Assembleia Municipal.
\r\nAssim, com o novo protocolo há um compromisso de envolvimento das populações do concelho, sobretudo da freguesia de Vilar de Mouros na preparação e programação do Festival, ou seja, a população vai ser convidada a intervir através da criação de um programa de envolvimento e chamamento musical através do maestro Rui Massena.
\r\nVão ser criadas condições de preferência no acesso dos estabelecimentos comerciais com sede no concelho de Caminha no recinto do Festival de Vilar de Mouros, de modo a que as empresas do concelho participem num dos eventos mais importantes do país. Além disso, prevê a contratualização de alguns serviços de apoio à logística com empresas do nosso concelho ou instituições que promovem o seu trabalho em Caminha, nomeadamente ao nível da criação ad-hoc de uma rede de transportes sustentada nas viaturas das associações e coletividades do concelho, que sirva o Festival e a mobilidade interna no Município.
\r\nEste protocolo prevê a promoção da economia, da gastronomia e da oferta turística local através da presença do concelho de Caminha no recinto do Festival.
\r\nOutra das novidades prende-se com a criação de redes de ligação com a freguesia de Vilar de Mouros, de modo a que possa ser potenciado um programa de hospedagem e alimentação de micro-escala que permita o acesso a casa dos moradores, mediante a sua disponibilidade e autorização, para que os visitantes possam usufruir de cama e comida caseira.
\r\nTambém prevê a possibilidade de realização de um evento de índole diversa, no mesmo recinto do Festival, no fim-de-semana a seguir, mais direcionado para as famílias e para o convívio, que possa potenciar a infraestrutura que será montada para a realização do Festival e encontrar novas formas de receita que sirvam os organizadores, os promotores e as populações do concelho.
\r\nNo novo protocolo há um compromisso das partes em encontrar uma forma de prolongar o Festival de Vilar de Mouros para além dos dias do evento, através da realização de diversas iniciativas ligadas à música e à história do Festival. As partes comprometem-se ainda em encontrar mecanismos que permitam a requalificação da Casa de Barrocas, de modo a que esta sirva de âncora permanente e visível do espírito, do legado e do potencial do Festival de Vilar de Mouros, como centro vivo de memórias e viveiro de futuro.
\r\nE por fim, tendo em conta o contributo que a freguesia de Vilar de Mouros presta para que a realização do Festival, com o novo protocolo a contraprestação financeira para a Junta de Freguesia vai triplicar. Assim, a Câmara Municipal assume a entrega de uma prestação de 10 mil euros pela realização do Festival sem condições e a AMA duplica a prestação a pagar, que agora perfaz a quantia de 20 mil euros. Além disso, a partir de determinado montante de bilheteira, a prestação a assegurar pela AMA pode aumentar, crescendo à medida que cresce