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Largada de balões pela eliminação da violência contra as mulheres

Largada de balões pela eliminação da violência contra as mulheres
Dia Internacional pela Eliminacao da Violencia Contra as Mulheres 5
Dia Internacional pela Eliminacao da Violencia Contra as Mulheres 2
26 Novembro 2013
O Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres celebrado ontem, dia 25, foi assinalado com uma largada de centenas de balões, na Praça da República, em Vila Praia de Âncora.

O Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres celebrado ontem, dia 25, foi assinalado com uma largada de centenas de balões, na Praça da República, em Vila Praia de Âncora. Como forma de sensibilizar a população contra esta problemática e desmistificar mitos a ela associados, o Centro de Atendimento de Vítimas de Violência Doméstica do Centro Social e Cultural de Vila Praia de Âncora dispôs pela praça alguns cartazes explicativos com testemunhos de vítimas.

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“Entre marido e mulher ninguém mete a colher” é uma expressão habitualmente usada e que, como explicou Ariana Viana, técnica do Centro de Atendimento de Vítimas de Violência Doméstica, constitui um dos muitos mitos existentes. “Com esta ação pretendemos trazer alguns mitos e crendices, através de testemunhos”, disse. O objetivo, como explicou Ariana Viana, passa por “desconstruir esses mesmos mitos e alguns papéis estereotipados, na nossa sociedade”.

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Na opinião da técnica é importante a articulação e a cooperação das instituições e o envolvimento da comunidade neste tipo de ações para que a mensagem passe mais eficazmente. Assim, a largada de balões contou ainda com a participação de dezenas de alunos da Ancorensis Cooperativa de Ensino. Algumas das alunas, questionadas sobre a importância de assinalar a data, afirmaram que esta pode ser uma forma de muitas mulheres “ganharem coragem” para denunciar situações de maus tratos.

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Para o presidente da Câmara Municipal de Caminha, as situações de violência doméstica “são uma vergonha”, não só para muitas mulheres que por este sentimento não denunciam a situação, mas também para os agressores, pois a violência doméstica “é crime”. “É necessário falar sobre o tema, é necessário denunciar a violência”, disse Miguel Alves. Acrescentou que o Município está sempre disponível para se associar a estas causas. “Podemos levar a civilização pela nossa palavra. Estamos contra a violência doméstica”, rematou.

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Também Ana São João participou na iniciativa. Para a vereadora da Câmara Municipal é importante sensibilizar e consciencializar para a problemática desde a primeira infância de forma a desmistificar “questões de género e papéis estereotipados”, que muitas vezes estão na génese da violência doméstica. “É também fundamental alertar para a emergência de fenómenos de violência nas relações de intimidade, ainda em tempo de namoro”, acrescentou Ana São João. Assim, para a vereadora “denota-se a necessidade de investir em programas socioeducativos na pré-adolescência e adolescência”, que possam prevenir situações de maus tratos.

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Segundo dados do Centro de Atendimento de Vítimas de Violência Doméstica, cuja ação se estende a todo o distrito, só desde o início do ano foram sinalizadas 81 casos de maus tratos, em Viana do Castelo.