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“A Serra d’Arga não é negociável”

“A Serra d’Arga não é negociável”
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25 Junho 2019

Câmara vai opor-se por todos os meios à prospeção e exploração de lítio

A Câmara Municipal de Caminha “usará todos os meios ao seu alcance para que não haja prospeção de lítio na Serra d’Arga nem posterior exploração”. A garantia foi deixada ontem por Miguel Alves perante todos os que acorreram à reunião pública descentralizada realizada na União e Freguesias de Arga de Baixo, Arga de Cima e Arga de S. João. “A Serra d’Arga não é negociável”, sublinhou o presidente.

A sede da antiga Junta de Freguesia de S. João d’Arga encheu-se ontem à tarde de habitantes das freguesias serranas, ao lado de várias pessoas que, não residindo ali, amam a Serra d’Arga e não a querem ver alterada por uma eventual prospeção de lítio. O assunto foi, portanto, transversal a todas as intervenções e permitiu clarificar a posição da Câmara, assim como fazer o ponto de situação de todo o processo.
Este executivo sempre rejeitou o lítio na zona e, perante uma nova abordagem hoje, será coerente. Isso mesmo explicou Miguel Alves, referindo que, por diversas vezes desde que preside ao Executivo, a Câmara foi notificada no sentido de se pronunciar, dando sempre parecer negativo.
Agora o problema volta a colocar-se e a Câmara foi efetivamente notificada, há dias, pela Direção Geral de Energia, no mesmo sentido. O presidente da Câmara já pediu esclarecimento àquela entidade, uma vez que a carta recebida é vaga, esclarecimentos esses que permitirão sustentar de forma ainda mais eficaz a posição da Câmara que dirá não ao lítio. “Seremos intransigentes”, garantiu Miguel Alves, o que, aliás, será uma posição coerente com todo o trabalho que esta Câmara tem vindo a realizar na defesa e valorização da Serra d’Arga, com vista à sua classificação como área de paisagem protegida.
Miguel Alves informou também que irá reunir em breve com os outros autarcas da região, cujos territórios partilham a Serra d’Arga e garantiu que a posição formal e final da Câmara será tornada pública.
O vice-presidente, Guilherme Lagido, mostrou-se também confiante nos argumentos que a Câmara tem para apresentar, uma vez que uma eventual exploração daquele tipo afetaria também as duas bacias hidrográficas, as praias de excelência, galardoadas com a Bandeira Azul e a Bandeira Dourada e toda a estratégia de desenvolvimento que tem vindo a ser desenvolvida, de que o grande vetor é o turismo, incluindo o turismo de natureza.
A posição atual da Câmara é clara e o parecer será negativo, mas no passado nem sempre foi assim. Em 2009 e em 2010, o Município foi igualmente notificado por causa da prospeção de lítio. Segundo declarações da anterior autarca, citadas por um jornal local, nessa altura o parecer terá sido positivo.