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Quase cinco toneladas de espadarte servidas num festival que bateu todos os recordes

Quase cinco toneladas de espadarte servidas num festival que bateu todos os recordes
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19 Agosto 2019

Crescimento rondou os 30% num certame inovador e amigo do ambiente

Grelhado, em filetes, com arroz, em vinagreta, “chorinha”, em hambúrguer, ou a acompanhar o esparguete “al dente”, o espadarte foi “rei e senhor” durante onze dias, em Vila Praia de Âncora. Consumiram-se quase cinco toneladas de peixe e bateram-se todos os recordes, com o já esperado crescimento do certame a superar, mesmo assim, as expetativas e a aproximar-se dos 30 por cento. Num evento que declarou guerra ao plástico, sempre com “casa cheia”, o Festival Gastronómico do Bife de Espadarte é já uma das iniciativas mais importantes do concelho de Caminha.

O primeiro dia foi de vento e chuva, mas a tenda gigante, com capacidade para 500 pessoas sentadas às mesas, resistiu sem sobressaltos e os apreciadores do espadarte também não se deixaram intimidar pelas condições climatéricas: primeira enchente e augúrio de mais uma edição de sucesso, que havia de se confirmar nos dias seguintes. A equipa, quase quatro dezenas de pessoas, esteve à altura do desafio, sempre organizada e diligente.

António Cunha, o promotor, da Baleeira Pescas, Lda., atento à evolução do serviço durante todos os dias do certame, não tem dúvidas de que se ultrapassaram as melhores previsões. O espadarte servido andou pelas 4,7 toneladas e mais de 15 mil pessoas experimentaram os vários pratos. Sublinha o responsável que muitas dessas pessoas repetiram uma e outra vez e dá como exemplo um casal alemão que não falhou nenhum dos 11 dias, fazendo sempre o seu jantar na tenda à beira mar.
“Está a tornar-se uma referência no Norte de Portugal”, refere António Cunha, destacando que há pessoas que se deslocam ao festival vindas de muito longe, quer de Portugal quer do estrangeiro. Os portugueses foram a maioria, mas houve também muitos espanhóis. Entre as diferentes nacionalidades, destaque também para os italianos e alemães.
Em relação às especialidades, o bife de espadarte continuou a ser o preferido, mas foi seguido de muito perto pelos filetes, cuja confeção teve de ser reforçada. A vinagreta, preparada com maior antecedência, é que não resistiu à procura e este sábado esgotou mesmo. O hambúrguer continuou a ser o eleito pelos mais novos, mas o espadarte com massa “al dente” rivalizou nestas escolhas.

Para o presidente da Câmara Municipal de Caminha, “esta é uma das iniciativas mais importantes do concelho de Caminha pelos proveitos que cria, pelo trabalho que dá, pelos empregos que mantém e pela valorização da marca Espadarte associada a Vila Praia de Âncora, não só nestas datas mas durante o ano inteiro”.

Miguel Alves acrescenta: “o Festival do Espadarte é um exemplo de organização e qualidade, uma referência quando se junta o melhor da iniciativa privada e do investimento público. É uma vitória do António Cunha e de toda a sua equipa mas é também uma vitória de toda a restauração, do turismo, do território, do concelho de Caminha”.

Este foi também um festival inovador, com uma proposta especial para os peregrinos, e amigo do ambiente, que continuou a banir o plástico. Palhinhas e copos de plástico desapareceram e António Cunha pretende prosseguir, no próximo ano, esta luta por um melhor ambiente. Promete uma solução diferente, sobretudo para os pratos de pão e recipientes de sobremesas e a alternativa aos copos de café está a ser igualmente avaliada.
“As condições climatéricas não têm facilitado este verão mas uma nota muito positiva a salientar: contra a chuva e contra o vento de verão, batemos recordes de público em eventos tão importantes como o Artbeerfest ou o Sonic Blast, fizemos o mesmo agora com o Festival do Espadarte, temos grandes expetativas com o Festival de Vilar de Mouros, enfim, estamos a progredir apesar das dificuldades e das piores profecias do mau tempo”, conclui Miguel Alves.