O Concelho de Caminha recebeu, pelo menos, até à presente data, 48 cidadãos ucranianos, os quais solicitaram, já, o Pedido de Proteção Temporária, junto do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.
O acolhimento destas famílias está a ser possível graças à disponibilização de alojamento temporário gratuito, cedido, voluntariamente, por munícipes do Concelho de Caminha, ou munícipes de outras localidades que cá possuem 2.ª habitação e também por Hotéis e outros alojamentos turísticos do Concelho de Caminha. Em todas as habitações, e caso os proprietários assim o pretendam, o Município assumirá o pagamento das despesas de água, eletricidade e gás, sendo que este valor é assumido na totalidade caso a habitação esteja ocupada apenas pela família acolhida, ou em regime de proporcionalidade, caso a habitação seja partilhada com os proprietários da mesma.
As famílias têm sido acompanhadas, desde a sua chegada e de forma próxima, pelo Setor de Ação Social da Câmara Municipal de Caminha, os quais contam com o imprescindível e precioso auxílio de intérpretes ucranianos, neste caso cidadãos dessa nacionalidade que aqui residem há vários anos. Neste processo de acolhimento, o Município assume, essencialmente, um papel facilitador e de mediação, entre os cidadãos ucranianos e os diversos serviços existentes, como seja, por exemplo, o Serviço de Estrangeiro e Fronteiras; o Instituto de Emprego e Formação Profissional; o Agrupamento de Escolas e outros estabelecimentos de ensino, designadamente promovendo a integração escolar; e os Serviços de Saúde, designadamente garantindo-lhes o acesso a cuidados de saúde primários, sempre que necessário.
Por serem famílias com especial vulnerabilidade, não só em termos financeiros por perderem acesso às remunerações dos seus empregos no país de origem, ou até mesmo pelo reduzido valor da sua moeda na zona euro, mas também pela extrema vulnerabilidade a nível emocional decorrente da experiência de terem enfrentado um conflito armado, o Município tem desenvolvido uma ação de proximidade, no sentido de que seja disponibilizado a estas famílias um acolhimento seguro e com garantia de alguma estabilidade, através da satisfação das suas necessidades básicas como seja a alimentação ou o acesso a bens essenciais tais como a água, eletricidade e gás.
O Plano de Acolhimento desenhado pelo Município de Caminha prevê que o trabalho efetuado junto destas famílias, avance no sentido de permitir a sua autonomização quer seja pela promoção do acesso ao emprego, quer seja pelo acesso a prestações sociais concedidas pelo Estado Português, especialmente enquanto aguardam a oportunidade de integração no mercado de trabalho, um desejo que tem sido manifestado de uma forma geral, por todos os cidadãos acolhidos.
O trabalho efetuado tem sido possível, não só, graças à pronta resposta do Município face a um desafio inesperado, mas também, e em grande parte, graças à sinergia que se tem criado com a comunidade, que tem desde o primeiro momento manifestado toda a sua total disponibilidade e empenho para apoiar esta causa.
Assim, quem pretender apoiar esta causa pode ainda fazer a sua inscrição na Bolsa de Alojamento do Município, para cedência de habitação de forma gratuita, através do link https://forms.gle/m9x5LtrkBRepg24RA e também na Bolsa de Emprego, na qual se pretende que as entidades empregadoras do concelho possam inscrever as suas ofertas de emprego, para eventual integração destes cidadãos, através do link https://forms.gle/hdr7ajgcv6fvz99V6
