A Câmara Municipal de Caminha iniciou hoje uma ampla campanha de divulgação e promoção da lampreia do rio Minho, que vai estender-se à região do Porto e à Galiza. A época de captura começou no final da passada semana e os primeiros exemplares do ciclóstomo estão já a ser servidos às mesas dos restaurantes do concelho. Hoje, Dia de Reis, o município convidou jornalistas de vários órgãos de Comunicação Social para uma degustação da lampreia, “um diamante da foz o rio Minho que temos de ser capazes de polir”, como sublinhou Miguel Alves.
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O Dia de Reis é tradicionalmente celebrado com refeições especiais, saboreadas em família ou reunindo amigos. Por isso a Câmara escolheu este dia para um “Manjar de Reis”, servindo lampreia como prato principal, porque “a lampreia do rio Minho é uma iguaria especialíssima. É a mais procurada e é ainda fruto de uma pesca muito ligada ao artesão, ao nervo, ao músculo. É um verdadeiro manjar” – referiu Miguel Alves, justificando assim a forma encontrada para o arranque da campanha de promoção que, dentro de dias, terá outdoors no concelho, mas também na região do Porto e na zona da Galiza, além de outras iniciativas que visam a divulgação e a promoção deste produto.
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“Quisemos assinalar, de uma forma simples, no nosso concelho, o arranque da época na foz do rio Minho, numa extensão que abraça as freguesias de Lanhelas, Seixas e Caminha”, disse o autarca, defendendo o papel da gastronomia na dinâmica local. “Estamos a experimentar uma nova forma de abordar a lampreia, de a valorizar. Esta é uma maneira de apoiar a economia local, de trazer mais gente ao nosso concelho, aos nossos restaurantes, a todos os restaurantes – esta é uma política ativa de apoio aos nossos empresários”, acrescentou Miguel Alves.
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Relativamente aos mercados escolhidos para esta campanha, Porto e Galiza, o presidente lembrou as potencialidades de ambos, reforçando no caso espanhol. Recordou, por exemplo, que o distrito de Viana do Castelo tem 250 mil habitantes, mas a Galiza tem quase um milhão.
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Miguel Alves afirmou também o empenhamento do município no apoio aos pescadores, proporcionando-lhes condições de trabalho mais apropriadas. Deu como exemplo o início da obra do cais de atracagem do Camarido, com a remoção de destroços que constituíam um perigo para as embarcações. Referiu-se ainda ao um plano conjunto que está a ser desenvolvido com a Junta de Freguesia de Seixas, para construir um viveiro. Além disso, Miguel Alves deixou claro que acredita nas potencialidades da lampreia: “temos de dar um toque contemporâneo à lampreia da foz do rio Minho, apostar nela como um produto gourmet, porque temos condições para isso”.
