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- Miguel Alves e Poiares Maduro em sintonia sobre necessidade de preparar melhor o concelho para enfrentar os desafios do futuro
Miguel Alves e Poiares Maduro em sintonia sobre necessidade de preparar melhor o concelho para enfrentar os desafios do futuro
09 Janeiro 2015
A inauguração da Loja Interativa de Turismo de Caminha realizou-se hoje, ao fim da manhã, com a presença do ministro Poiares Maduro. A ocasião foi aproveitada para falar do futuro e de novos projetos para o concelho
A inauguração da Loja Interativa de Turismo de Caminha realizou-se hoje, ao fim da manhã, com a presença do ministro Poiares Maduro. A ocasião foi aproveitada para falar do futuro e de novos projetos para o concelho, com o presidente da Câmara e o ministro a manifestarem sintonia sobre algumas ideias prioritárias, desde logo a criação de um "Espaço Cidadão", que Miguel Alves quer instalar em Vila Praia de Âncora, e a necessidade de se apostar nas empresas, na qualificação e internacionalização do tecido empresarial.O antigo posto de Caminha dá lugar, a partir de hoje, a uma moderna Loja Interativa de Turismo. Este é um projeto desenvolvido em cooperação com a Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal, cujo investimento rondou os 200 mil euros.Depois de um breve passeio pelo Centro Histórico de Caminha, onde a comitiva pôde visitar as obras de construção da nova Biblioteca Municipal, e cumpridas as formalidades de inauguração do novo espaço turístico, as intervenções centraram-se sobre os desafios para o futuro. A primeira intervenção coube ao anfitrião, Miguel Alves, que sublinhou a sua vontade de apostar num concelho mais preparado para enfrentar os desafios do futuro.O presidente chamou a atenção para algumas obras prioritárias, começando pela qualificação de marginal de Caminha. Além desta, Miguel Alves destacou essencialmente dois projetos em que a Câmara já está a trabalhar. Um deles é o "Espaço Cidadão". "Nós no concelho de Caminha queremos ter um Espaço Cidadão e queremo-lo em Vila Praia de Âncora", disse o presidente da Câmara, explicando que aquela é a Vila mais populosa do concelho, está a 10/12 quilómetros do centro de Caminha "e nós gostávamos que houvesse aí um serviço aos cidadãos não só de Vila Praia de Âncora, mas também de todo o Vale do Âncora, que pudesse permitir que não tivessem que se deslocar até Caminha para tratar de alguns assuntos fundamentais".
Apanhar o primeiro "vagão" do próximo Quadro Comunitário
O outro projeto relaciona-se com o próximo Quadro Comunitário "e com a perspetiva que o senhor ministro tem imprimido e que diz respeito à aposta nas empresas, na qualificação das empresas, na internacionalização das empresas, na preparação de marcas que permitam levar o nome das empresas mais longe", disse Miguel Alves, explicando a seguir que o Município está a dialogar com a CEVAL, de modo a poder-se juntar as empresas, não só do concelho de Caminha, mas outras, para que formem uma frente de candidatura que permita a sua qualificação."Estamos já a trabalhar nisso e preparados para fazer parte do primeiro 'vagão' do Quadro Comunitário, demonstrando assim a nossa vontade, a nossa energia e a nossa capacidade de querer ir mais longe. Estamos aqui para fazer diferente e melhor. E estamos aqui para honrar a vontade dos nossos munícipes e fazer parte de uma estratégia global de desenvolvimento do país. A inauguração deste espaço, que abre Caminha ao mundo, é o exemplo da vontade, do arreganho e da fibra das pessoas do concelho de Caminha", concluiu Miguel Alves.Poiares Maduro mostrou-se em sintonia com as ideias elencadas por Miguel Alves, salvaguardando que ambos são desígnios do seu ministério. O ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional assegurou que a criação de espaços do cidadão não implica o encerramento de serviços de atendimento da administração pública.A lógica dos espaços do cidadão "é que a racionalização passa pela partilha de um espaço comum, não pelo encerramento de serviços no território", reafirmou Poiares Maduro. É essa partilha/escala de espaços comuns entre os diferentes serviços da administração pública (e em muitas circunstâncias dos municípios) que permite aproximar os serviços de atendimento dos cidadãos", sublinhou o governante.
Miguel Alves colocou ferryboat na agenda
A chegada da comitiva a Caminha aconteceu cerca das 11h30, precisamente junto ao cais do ferryboat, assunto que seria imediatamente colocado na agenda da visita de Poiares Maduro. Miguel Alves e o alcaide de A Guarda, Dominguez Freitas, explicaram ao governante a situação da embarcação e o assoreamento do rio, a carecer de uma intervenção urgente dos governos de Lisboa e Madrid. O ministro mostrou-se sensível ao assunto, mas não deixou qualquer certeza. Poiares Maduro disse que existem fundos europeus que apoiam projetos de natureza transfronteiriça "e temos de tirar mais partido desses fundos". Deixou uma promessa: "nesse sentido eu vou seguramente apoiar tudo aquilo que sejam projetos transfronteiriços. Quanto a esse projeto específico eu não sei se ele se enquadra nas elegibilidades dos fundos europeus, mas seguramente tenho toda a disponibilidade para estudar isso e conversar com o presidente da Câmara de Caminha".
Ministro afasta hipótese de construção de ponte
Mais tarde, os jornalistas interrogaram Poiares Maduro sobre a possibilidade de construção de uma ponte, mas aqui a resposta foi inequívoca e negativa. "Devo dizer claramente que, no âmbito do próximo Quadro, não vale a pena estar a enganar as pessoas, não haverá apoios para estruturas rodoviárias, exceto em casos excecionais relacionados com a competitividade e a internacionalização da nossa economia. Não haverá margem, para através dos fundos, financiar obras desse tipo".Poiares Maduro foi ainda mais longe: "Nós temos de ser transparentes com as pessoas e dizer que há certos tipos de investimentos que nós gostaríamos idealmente de fazer, como mais uma ligação por ponte, mas que não têm viabilidade do ponto de vista económico e financeiro. Os próprios fundos europeus são recursos sempre escassos e as opções que nós temos de fazer é investir dezenas de milhões, por exemplo numa ponte desse tipo, ou utilizar esse dinheiro para apoiar obras que permitam a ligação do ferry, que reforcem a competitividade económica desta região, que reforcem a competitividade das pessoas. É esta a prioridade que o país necessita e de que esta região necessita".
Apanhar o primeiro "vagão" do próximo Quadro Comunitário
O outro projeto relaciona-se com o próximo Quadro Comunitário "e com a perspetiva que o senhor ministro tem imprimido e que diz respeito à aposta nas empresas, na qualificação das empresas, na internacionalização das empresas, na preparação de marcas que permitam levar o nome das empresas mais longe", disse Miguel Alves, explicando a seguir que o Município está a dialogar com a CEVAL, de modo a poder-se juntar as empresas, não só do concelho de Caminha, mas outras, para que formem uma frente de candidatura que permita a sua qualificação."Estamos já a trabalhar nisso e preparados para fazer parte do primeiro 'vagão' do Quadro Comunitário, demonstrando assim a nossa vontade, a nossa energia e a nossa capacidade de querer ir mais longe. Estamos aqui para fazer diferente e melhor. E estamos aqui para honrar a vontade dos nossos munícipes e fazer parte de uma estratégia global de desenvolvimento do país. A inauguração deste espaço, que abre Caminha ao mundo, é o exemplo da vontade, do arreganho e da fibra das pessoas do concelho de Caminha", concluiu Miguel Alves.Poiares Maduro mostrou-se em sintonia com as ideias elencadas por Miguel Alves, salvaguardando que ambos são desígnios do seu ministério. O ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional assegurou que a criação de espaços do cidadão não implica o encerramento de serviços de atendimento da administração pública.A lógica dos espaços do cidadão "é que a racionalização passa pela partilha de um espaço comum, não pelo encerramento de serviços no território", reafirmou Poiares Maduro. É essa partilha/escala de espaços comuns entre os diferentes serviços da administração pública (e em muitas circunstâncias dos municípios) que permite aproximar os serviços de atendimento dos cidadãos", sublinhou o governante.
Miguel Alves colocou ferryboat na agenda
A chegada da comitiva a Caminha aconteceu cerca das 11h30, precisamente junto ao cais do ferryboat, assunto que seria imediatamente colocado na agenda da visita de Poiares Maduro. Miguel Alves e o alcaide de A Guarda, Dominguez Freitas, explicaram ao governante a situação da embarcação e o assoreamento do rio, a carecer de uma intervenção urgente dos governos de Lisboa e Madrid. O ministro mostrou-se sensível ao assunto, mas não deixou qualquer certeza. Poiares Maduro disse que existem fundos europeus que apoiam projetos de natureza transfronteiriça "e temos de tirar mais partido desses fundos". Deixou uma promessa: "nesse sentido eu vou seguramente apoiar tudo aquilo que sejam projetos transfronteiriços. Quanto a esse projeto específico eu não sei se ele se enquadra nas elegibilidades dos fundos europeus, mas seguramente tenho toda a disponibilidade para estudar isso e conversar com o presidente da Câmara de Caminha".
Ministro afasta hipótese de construção de ponte
Mais tarde, os jornalistas interrogaram Poiares Maduro sobre a possibilidade de construção de uma ponte, mas aqui a resposta foi inequívoca e negativa. "Devo dizer claramente que, no âmbito do próximo Quadro, não vale a pena estar a enganar as pessoas, não haverá apoios para estruturas rodoviárias, exceto em casos excecionais relacionados com a competitividade e a internacionalização da nossa economia. Não haverá margem, para através dos fundos, financiar obras desse tipo".Poiares Maduro foi ainda mais longe: "Nós temos de ser transparentes com as pessoas e dizer que há certos tipos de investimentos que nós gostaríamos idealmente de fazer, como mais uma ligação por ponte, mas que não têm viabilidade do ponto de vista económico e financeiro. Os próprios fundos europeus são recursos sempre escassos e as opções que nós temos de fazer é investir dezenas de milhões, por exemplo numa ponte desse tipo, ou utilizar esse dinheiro para apoiar obras que permitam a ligação do ferry, que reforcem a competitividade económica desta região, que reforcem a competitividade das pessoas. É esta a prioridade que o país necessita e de que esta região necessita".