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Anta / Dólmen da Barrosa - Vila Praia de Âncora

Anta / Dólmen da Barrosa - Vila Praia de Âncora
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Monumento megalítico funerário, situado em Vila Praia de Âncora, foi classificado monumento nacional em 1910. É considerado um dos monumentos megalíticos mais emblemáticos da Península Ibérica, documentando aspetos culturais do período Neolítico tardio, isto é, fim do 3º e início do 2º milénio.

Este monumento, vulgarmente designado por Lapa do Mouro, do ponto de vista arquitetónico, é formado por uma câmara megalítica (área sepulcral), constituída por 9 esteios imbricados, apoiando-se uns nos outros, 4 de cada lado, a partir da cabeceira, ligeiramente fraturada que se implanta verticalmente.

O Dólmen da Barrosa tem um interesse singular, quer do ponto de vista científico, quer do turístico - cultural, devido á sua arquitetura, ao seu porte, ao seu estado de conservação e ao seu espólio.

 

Situada na povoação de Vila Praia de Âncora, a "Anta da Barrosa" foi objecto de classificação, como "Monumento Nacional", logo em 1910, certamente por constituir o maior e mais bem preservado monumento megalítico de todos quantos foram identificados até à data no Vale de Âncora.

Escavado em 1879 pelo conhecido investigador vimarenense de oitocentos, Francisco Martins de G. M. Sarmento (1833-1899), numa altura em que a temática dolménica assumia proporções verdadeiramente inauditas junto da comunidade científica europeia da época, a anta foi, já em meados do século passado, estudada por João de Castro Nunes.

Trata-se de um monumento constituído, como os demais pertencentes a esta tipologia, por câmara sepulcral 

de planta poligonal formada por oito esteios e respectiva laje de cobertura - ou "chapéu" -, para além do corredor com cerca de um metro e meio de largura por seis de comprimento, ainda que não pareçam subsistir quaisquer vestígios de mamoa - ou tumulus - que a pudesse cobrir originalmente na totalidade. Estas dimensões estarão, na verdade, na base da hipótese de trabalho levantada pela conhecida arqueóloga alemã Vera Leisner, que inseriu este exemplar na tipologia genérica dos dolmens de corredor do Noroeste Peninsular e, dentro desta, no sub-agrupamento caracterizado pela indiferenciação revelada entre câmara funerária e corredor.

Entretanto, a investigação realizada por J. de Castro Nunes permitiu identificar a existência, na superfície de três lajes, de motivos decorativos típicos deste "mundo dolménico", com serpentiformes e signos em forma de "U", aqui executados através do método da percussão.

O início do século XXI trouxe, contudo, outras novidades relativas à História do sítio, ao serem encontrados vestígios de uma ocupação romana nas suas imediações, ao que tudo indica, entre os séculos I e II d. C., como parece indicar a análise dos fragmentos de cerâmica comum e de alguns materiais de construção, como telha romana - tegulae -, num testemunho mais da reutilização periódica (quando, não mesmo, sistemática) dos mesmos espaços simbólicos para, não apenas, apreender o seu significado preexistente, como sobrepor um novo poder temporal mediante a apropriação (ou, talvez, sobreposição ao) do poder espiritual.

[AMartins]

Referência: Direcção-geral do Património Cultural. Disponível em: http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70157 (Acedido em 01-07-2016)

R. Miguel Bombarda 1081

4910-577 Vila Praia de Âncora